quarta-feira, 9 de novembro de 2011

1º Encontro em Saúde do Trabalhador do Sertão do Araripe

1º Encontro em Saúde do Trabalhador do Sertão do Araripe

Dias 11 e 12 de novembro

No auditório da IX Geres

Organização: SindSaúde

Apoio: Cerest Regional de Ouricuri

Participe e faça já sua inscrição com Cleane ou Alexadra

tel.: 9965.3250

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dia do Dentista dia 15 de Outubro

Parabéns a todos os Dentistas pelo seu dia!!!



Postado por: Cleber Siqueira

15 de outubro dia do Professor

15 de outubro dia do Professor Parabéns.
 
Em comemoração ao dia do Professor o CEREST – Ouricuri, realizou um evento alerta para as doenças ocupacionais dos Mestres na Arte de Ensinar.
Programação:
·         Palestra sobre “Cuidados Posturais e Dores Associados a Problemas Laborais” com dos fisioterapeutas drª Sara Alves e apoio técnico do dr Cleber Siqueira;
·           Palestra sobre “Como Prevenir as Doenças Ocupacionais” com a enfermeira drª Gisele Felix e apoio técnico da psicóloga drª Isla Aquino;
·         Palestra sobre “Como Trabalhar com a Voz para Diminuir Problemas Laborais” com a fonoaudióloga drª Janaina.
Agradecemos a todos os profissionais pela colaboração e a presença dos professores.

I EXPO SAÚDE DO SETÃO DO ARARIPE

Qualidade e Humanização no SUS

Submissão das experiências e dos trabalhos técnicos-científicos,  inscrições dos trabalhos até 21 de novembro de 2011, através  do email : cies.geres9@gmail.com ou na sede da IX GERES.

Fones: (87) 3874-4720 / 3874 - 4700

Data do evento: 15 e 16 de dezembro de 2011.

Horário: 8:00 as 17:00 horas.

Local: CENTRO TECNOLÓGICO DO ARARIPE - ARARIPINA - PE.

link para download do edital: http://www.4shared.com/document/gdHg-0-b/EDITAL_EXPOSAUDE_ARARIPE_final.html

Convite:

(Clique para ampliar a imagem)


Postado por: Cleber Siqueira

terça-feira, 18 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

I SEMANA DO SERVIDOR PÚBLICO HRRBC

A I Semana do Servidor Público do Hospital Regional Ruy de Barros Correia, acontecerá nos dias 24 a 27 de outubro, abordando diversos temas relacionados ao trabalho do servidor público, com o slogan "O HRRBC VALORIZANO OS SEUS SERVIDORES "  contando com a participação do CEREST - Ouricuri. Abaixo segue a programação.

 (Clique para ampliar a foto)

Postado por: Cleber Siqueira

terça-feira, 11 de outubro de 2011

13 de outubro dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional.

O Cerest Regional de Ouricuri PARABENIZA a todos os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais pelo seu dia e aproveita para ALERTAR para as doenças ocupacionais que mais acometem essas profissões:
 

A lombalgia é uma das queixas dolorosas mais freqüentes na prática clínica seguida das LER/DORT constituindo uma das maiores causas de afastamento do trabalho. Os fisiorapeutas estão incluídos nas referências de altos índices de dor na coluna vertebral e membros superiores/inferiores estas estruturas estão sendo extremamente exigidas durante sua ocupação laboral, sendo a dor um sintoma que interfere na realização das atividades diárias, causando desde limitação de movimentos até invalidez temporária, dependendo da intensidade da patologia .
Os fisioterapeutas estão entre os profissionais da área de Saúde que mais apresentam distúrbios posturais, pois as atividades laborativas destes implicam em exigências do sistema músculo-esquelético, com movimentos repetitivos de membros superiores, manutenção de posturas estáticas e dinâmicas por tempo prolongado e, principalmente, movimentos de sobrecarga para a coluna vertebral.
Apesar de ser uma profissão cujo objetivo maior é promover a saúde do indivíduo, a grande maioria dos instrumentos e ambientes de trabalho desses profissionais não respeitam preceitos ergonômicos. Assim, muitos fisioterapeutas exercem suas atividades, as quais exigem a realização de movimentos repetitivos e de força, em postos de trabalhos inadequados e numa postura indesejável, o que pode predispor ao aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos – principalmente na coluna lombar.
Esta ocorrência de lombalgia está relacionada ao perfil do exercício profissional do fisioterapeuta, principalmente na área de Traumatologia e Neurologia, que exigem grandes demandas físicas, sustentação de carga e alta repetição no atendimento dos pacientes.
 Apesar dos fisioterapeutas terem conhecimentos anatômicos, biomecânicos e fisiológicos sobre o corpo humano, eles estão sob considerável carga física pela natureza de sua atividade laboral . Além disso, mesmo que estes profissionais tenham conhecimento sobre ergonomia, sobre as diversas lesões, bem como, o tratamento e prevenção das mesmas, isso não os garante imunidade contra estas injúrias.
Portanto, os fisioterapeutas constituem uma população de risco para o desenvolvimento de distúrbios músculo-esqueléticos ocupacionais, sendo que estes transtornos estão intimamente relacionados com a carga horária, idade, sexo e área de atuação. Algumas medidas preventivas como a introdução de pausas durante a jornada de trabalho constitui uma ferramenta importante para minimizar a sobrecarga na região lombar e os demais segmentos corporais. Porém, sabe-se que é difícil a realização de pausas durante a jornada de trabalho, pelo alto número de atendimentos que o fisioterapeuta tem que realizar diariamente, já que a maioria destes profissionais é remunerado pela quantidade de pacientes atendidos.
            Também é importante pregar a conscientização destes profissionais, desde a vida acadêmica, sobre a importância da utilização adequada do próprio corpo, pois este é o seu principal instrumento de trabalho.




 Postado por: Cleber Siqueira

terça-feira, 4 de outubro de 2011

PNEUMOCONIOSES RELACIONADAS AO TRABALHO

Introdução

A rede SUS deve estar preparada para identificar casos de pneumoconioses, por meio do protocolo único do sistema de identificação. Além da rede de atendimento ambulatorial, da rede hospitalar do SUS, no âmbito da Atenção Básica de Saúde, o protocolo deve contemplar mais dois programas implementados pelo Ministério da Saúde: o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Controle da Tuberculose.
O PSF tem por objetivo desenvolver ações de promoção, prevenção, e recuperação da saúde para a família, utilizando uma equipe formada por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário. Deve gerar práticas de saúde que possibilitam a integração das ações individuais e coletivas, cujo desenvolvimento exige profissionais com visão sistêmica e integral do individuo, da família e da comunidade.
Entretanto, é necessário ampliar a visão para as relações sociais de produção, que envolvem a família, incluindo a vocação econômica da região e município, os processos de trabalho relacionados ao núcleo familiar, ao trabalho formal e informal, identificando os potenciais fatores de risco existentes. Esse protocolo apresenta um elemento reduzido para possível identificação dos possíveis fatores de risco para o desenvolvimento das pneumoconioses que deve ser utilizados pelos profissionais da rede SUS e do PSF (Pergunta que deve ser incluída na anamnese das unidades básicas)

“No seu emprego ou atividade atual, ou em algum emprego ou atividade anterior, o Sr (a). trabalha ou trabalhou exposto a substâncias tais como poeiras, fumaças, gases ou vapores irritantes?
Em caso de afirmativo, fala-me desses empregos e de suas principais atividades:
1-    Quais empregos ou atividades?
2-    Quanto tempo para cada emprego ou atividade?”

Os agentes comunitários de saúde, por meio das visitas domiciliares, fazem o cadastramento das famílias, identificar, a situação de saneamento e moradia e fazem o acompanhamento mensal da situação de cada família. São responsáveis pela construção do mapa de risco. Esse protocolo reforça a construção do mapa e acrescenta a necessidade de identificação geográfica dos fatores de risco que, além das escolas, creches, valas abertas, devem ser incluídas as indústrias ou atividades que contenham poeira mineral. A partir da construção deste mapa será possível identificar os riscos ocupacionais que estejam presentes na comunidade.
    Outra frente de ação para o controle das pneumoconioses é o Programa de Tuberculose. As ações de políticas de saúde para combate a tuberculose no Brasil deve agregar uma ação permanente, sustentada e organizada na busca de casos onde possa haver associação entre a tuberculose e a peneumoconiose, principalmente a silicose.
   De acordo com o manual de controle da tuberculose no Brasil (BRASIL, 2002), a política de busca de casos de tuberculose na comunidade deve ser feita em “todas as pessoas que apresentam tosse e expectoração por três semanas ou mais, através de exame bacteriológico [...]”. Esta atividade integra o trabalho do agente comunitário que faz visitas domiciliares sistemáticas. No caso de indivíduos com história de exposição a poeiras minerais, o agente deve estar atento para a possibilidade de associação da tuberculose com pneumoconiose, ou mesmo pneumoconiose isolada. Portanto, nesse caso deve encaminhar o paciente para realização de cultura de escarro e exame radiológico do tórax, para identificar uma possível pneumoconiose.
O profissional de saúde que encontrar um trabalhador ou ex-trabalhador de áreas onde há risco potencial de doença, deve solicitar as informações sobre o acompanhamento da sua saúde. De acordo com as normas atuais do Ministério do Trabalho, a NR-7 da Portaria n.° 3.214 (BRASIL, 1978), o trabalhador exposto à poeira mineral deve ter acompanhamento radiológico e funcional periodicamente. Portanto, uma forma de acompanhamento pela rede e os programas do SUS é a verificação dos laudos funcionais respiratórios e as avaliações de radiografia do tórax periodicamente. No caso de trabalhadores informais expostos, estes deverão ser encaminhados para a rede básica de saúde para avaliação da necessidade de avaliação clínica.

Definições
As pneumopatias que sua etiologia tem relação à inalação de poeiras em ambientes de trabalho são genericamente designadas como pneumoconioses. São excluídas dessa denominação alterações neoplásicas, as reações de vias áreas, como asma e bronquite, e o enfisema.
As pneumoconioses podem, ser didaticamente divididas em fibrogênicas e não fibrogênicas de acordo com o potencial da poeira em produzir fibrose reacional. Apesar de existirem tipos bastante polares de pneumoconioses fibrogênicas e não fibrogênicas, como a silicose e abestose, de um lado, e a baritose, de outro, existe a possibilidade fisiopatogênica de poeiras tidas como não fibrogênicas produzirem algum grau de fibrose dependendo da dose, das condições de exposição e da origem geológica do material.

PNEUMOCONIOSE
AGENTE(S) ETIOLOGICO(S)
PROCESSO ANATOMO-PATOLÓGICO
SILICOSE
SILICA LIVRE
FIBROSE NODULAR
ASBESTOSE
TODAS AS FIBRAS DE ASBESTO OU AMIANTO
DEPOSIÇÃO MACULAR SEM FIBROSE OU COM DIFERENCIADOS GRAUS DE FIBROSE
SILICATOSE
SILICATOS  VARIADOS
FIBROSE DIFUSA OU MISTA
TALCOSE
TALCO MINERAL (SILICATO)
FIBROSE NODULAR OU DIFUSA
PNEUMOCONIOSE POR POEIRA MISTA
POEIRAS VARIADAS CONTEDO MENOS QUE 7,55 DE SILICA LIVRE
FIBROSE NODULAR ESTRELADA OU FIBROSE DIFUSA
SIDEROSE
ÓXIDOS DE FERRO
DEPOSITO MACULA SEM FIBROSE
ESTANOSE
ÓXIDO DE ESTANHO
DEPOSIÇÃO MACULAR SEM FIBROSE
BARITOSE
SULFATO DE BÁRIO (BARITA)
DEPOSIÇÃO MACULAR SEM FIBROSE
   
Quadro: Representa uma lista de pneumoconioses com as determinações mais especificas, seus agentes etiológicos e sua representação anatomopatológica subjacentes.

Epidemiologia

As ocupações que expõe trabalhadores ao risco de inalação de poeiras causadoras de pneumoconiose estão relacionadas a diversos ramos de atividades, como mineração e transformações de minerais  em geral, metalúrgica, cerâmica, vidros, construção civil, extrativa mineral, agricultura e indústria da madeira entre outros.
Considerando – se estes ramos de atividades. O ramo da mineração e o garimpo expõem trabalhadores a poeiras diversas como ferro, bauxita, zinco, manganês, cacário, rochas potássicas e fosfáticas, asbesto, granito, quartzo, quartzito, feldspato, argilas e outros minerais contento a sílica livre.
Os dados epidemiológicos sobre pneumoconioses no Brasil são escassos. Pesquisadores de países como China, Índia e Brasil têm publicado resultados de estudos com alta prevalência de silicose, demonstrando a existência do problema e a necessidade de melhoria no diagnostico e no controle de exposição.

Patogenia e Fisiopatogênia

Para que ocorra a pneumoconiose é necessário que o material particulado seja inalado e atinja as vias aéreas inferiores, em quantidade capaz de superar os mecanismos de depuração: o transporte mucociliar, transporte linfático (conhecido como clearence) e a fagocitose pelos macrófagos alveolares. O transporte mucociliar é predominantemente realizado pelo sistema meucociliar ascendente (80%) através do sistema ciliar a partir dos brônquios terminais. Cerca de 20% do transporte pulmonar é realizado pelo sistema linfático, que recebe partículas livre e outros mecanismos.

Definições, ocupações de risco e métodos de diagnósticos

Pneumoconiose não fibrogênica:

Doença pulmonar causada pela exposição a poeiras com baixo potencial fibrogênico, também conhecida como pneumoconiose por poeira inerte.
Exemplos: soldadores de arco elétrico, trabalhadores expostos a carvão vegetal (produção, armazenamento e uso industrial), trabalhadores de rocha fosfática, mineração e ensacamento de estanho e bário.

Métodos de diagnostico
Baseia-se:
·         História clinica de exposição a poeiras não fibrogênicas.
·         História clinica com sintomas ausentes ou com presença de sintomas que, em geral, são precedidos pelas alterações radiológicas.
·         Radiografia simples de tórax interpretada de acordo com os critérios da OIT 2000.
Características: caracteriza-se pelo acúmulo de macrófagos alveolares carregados de partículas, organizados em máculas, associadas  à fibra de reticulina e poucas fibras colágenas e expressa por pequenas opacidades nodulares, associadas ou não a reticulares, difusas e bilaterais.Normalmente, ocorrem após exposição ocupacional de longa duração. Os sintomas respiratórios costumam ser escassos, sendo que a dispnéia aos esforços é o principais deles.
Diagnóstico diferencial : tuberculose miliar, sarcoidose, paracoccidioidomicose, histoplasmose, outras micoses, bronquiolite difusas.

Pneumoconioses fibrogênicas

Silicose Crônica
           
   Definição: pneumoconiose causada pela inalação de sílica livre cristalina que se manifesta após longo período de exposição, habitualmente superior a dez anos, caracterizada por fibrose progressiva do parênquima pulmonar.
Ocupações de Risco: Indústria de extrativa mineral, subterrânea e de superfície.

·        Beneficiamento de minerais: corte de pedras, britagens, moagem, lapidação;
·        Indústria de transformação: cerâmicas, fundições que utilizam areia no processo, vidro;
·        Abrasivos: marmorarias, corte e polimento de granito, cosméticos;
·     Indústria da construção: perfuração de túneis, polimento de fachadas, assentamento de pisos, corte de pedras;
·   Atividades mistas: protéticos, cavadores de poços, artistas plásticos, operadores de jateamento com areia.

Métodos diagnósticos

Baseia – se :
·         História clinica de exposição a poeiras contendo sílica livre cristalina.
·         História clinica com sintomas ausentes ou com presença de sintomas que, em geral, são precedidos pelas alterações radiológicas.
·         Radiografia simples de tórax interpretada de acordo com os critérios da OIT 2000.

Características: caracteriza-se por uma reação de colágeno focal organizada em nódulos de deposição concêntrica de fibras colágenas associadas à presença de corpos birrefringentes à luz polarizada, não costuma causar sintomas nas
fases iniciais e até mesmo moderados. A dispnéia aos esforços é o principal sintoma e o exame físico, na maioria das vezes, não mostra alterações significativas no aparelho respiratório. Expressa-se radiologicamente por meio de opacidades nodulares que se iniciam nas zonas superiores.

Diagnóstico diferencial : tuberculose miliar, sarcoidose, paracoccidioidomicose, histoplasmose, outras micoses, bronquiolite difusas.

Imagens Radiológicas e Tomografia Computadorizadas de Pacientes Portadores de Pnemoconioses

Figura A


Figura B


Figura C


Fonte: J. bras. pneumol. vol.32 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2006

Tratamento

Para todas as pneumoconioses existe indicação obrigatória de afastamento da exposição que causou. Tratamento medicamentoso indicado somente nas pneumoconioses com patogenia relacionada à resposta de hipersensibilidade, como a pneumopatia pelo cobalto, a pneumopatia pelo berílio e as pneumonites por hipersensibilidade. Nestes casos, além do afastamento obrigatório e definitivo da exposição, a corticoterapia prolongada está indicada.
Nos casos de pneumoconioses não fibrogênicas, o afastamento pode produzir eventualmente uma redução da intensidade das opacidades radiográficas.

Conduta em pacientes com pneumoconioses

   Os casos diagnosticados devem ser tratados como casos “sentinela”, devendo ser devidamente notificados e desencadear ações integradas de vigilância, com o objetivo de se detectar outros casos ainda não diagnosticados dentro do ambiente gerador da doença, e adoção de medidas de prevenção e proteção aos trabalhadores expostos. 
    Como regra geral, trabalhadores com pneumoconioses devem ser afastados da exposição que gerou a doença, pois a exposição continuada leva a um agravamento do quadro.            Entretanto, recomenda-se que o profissional responsável pela orientação tenha bom senso no sentido de avaliar se a atividade e as condições que geraram a doença persistem no momento de estabelecer a conduta. É possível que a exposição não ocorra, por mudança de processo ou por medidas preventivas de total efetividade.
   As pneumoconioses são doenças de notificação compulsória no Sistema Único de Saúde, independente de seu vinculo de trabalho. Em trabalhadores do mercado formal implicam, também, em notificação por meio de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que é um documento do Ministério da Previdência e Assistência Social. A CAT pode ser emitida pela empresa, pelo sindicato ou por qualquer profissional de saúde envolvido no processo de investigação do caso. Com este documento, o trabalhador afetado será submetido a uma perícia médica do INSS para avaliação do “nexo causal” e “incapacidade”, critérios utilizados no julgamento de direito a beneficio previdenciário.
   Os trabalhadores portadores de pneumoconioses, além dos procedimentos de afastamento da exposição, notificação e administrativos previdenciários, deve ser acompanhados periodicamente por exames clínicos e de imagem, além de, quando possível, avaliação funcional por espirometrias bienais. Deverá também ser garantido o atendimento e a realização dos exames complementares sempre que a situação clínica do paciente assim desejar (aparecimento de novos sintomas, episódios de descompensação, associação com outras patologias).

Notificação                                

Todos os casos de pneumoconioses são passiveis de notificação compulsória, segundo os parâmetros da PORTARIA 3.252, de 22 de dezembro de 2009.
Todos os casos de pneumoconioses devem ser comunicados à previdência social, por meio da emissão da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) ao INSS.

Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Estratégicas, área Técnica de Saúde do Trabalhador, 2006.

Postado por: Cleber Siqueira 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Notificação Acidentes de Trabalho

Notificação Acidentes de Trabalho (Fatais, Graves e com Crianças e Adolescentes)

Acidente de trabalho fatal:

Acidente de trabalho fatal é aquele que leva o óbito imediatamente após sua ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em ambiente hospitalar ou não, desde que sua causa básica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente.

Acidente de trabalho grave:

Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, o que leva à lesão cuja natureza se implique em comprometimento extremamente sério, preocupante; que pode ter conseqüências nefastas ou fatais.

Para evitar interpretações subjetivas dispares, que podem comprometer a homogeneidade do sistema nacional, considera-se  pelo menos um dos seguintes critérios objetivos, para a definição dos casos de acidente de trabalho grave:

    1)    Necessidade de tratamento em regime de internação hospitalar;
2)    Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30  dias;
3)    Incapacidade permanente para o trabalho;
4)    Enfermidade incurável;
5)    Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
6)    Perda ou inutilização do membro sentido ou função;
7)    Deformidade permanente;
8)    Aceleração de parto;
9)    Aborto;
10) Fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou queimaduras graves;
11) Desmaio (perda de consciência) provocado por asfixia, choque elétrico ou outra causa externa;
12) Qualquer outra lesão: levando a hipotermia, doença induzida pelo calor ou inconsciência, requerendo ressuscitação; ou requerendo hospitalização por mais de 24 horas;

Acidente de trabalho criança e adolescente:

De acordo com o artigo 2.° da Lei    n.°8.069, de 13 de julho de 1990 (BRASIL, 1990), do Estatuto de Criança e do Adolescente, criança é toda pessoa com idade entre 0 e 12 anos incompletos, e adolescente é toda pessoa com idade entre 12 a 18 anos

Acidente de trabalho com crianças e adolescentes é aquele que acomete trabalhadores com menos de 18 anos de idade, na data da sua ocorrência.

Casos sugestivos

Objetivando diminuir as possibilidades de perdas, ou seja, de não-captação desses acidentes nos serviços de saúde responsáveis pelo atendimento, deve-se considerar como caso todo acidente de trabalho, fatal, grave ou ocorrido com menor de 18 anos, em que existam evidências sugestivas de acidente, mesmo na vigência de dúvidas.
As evidências sugestivas devem ser baseadas no conhecimento acerca das atividades de trabalho existentes no território. No âmbito desta norma, trata-se da identificação objetiva de sinais que permitem supor que a vítima estava trabalhando na ocasião em que sofreu o acidente ou a lesão. Por exemplo, a presença de restos de cimento, de tinta ou de outros matérias usados no trabalho, vítima inconsciente   descrita como motociclista encontrado em horário de trabalho, vítima inconsciente encontrada em horário compatível com aquele de deslocamento de ida e vinda para o trabalho, ao lado de bicicleta, em via conhecida como de larga utilização por trabalhadores em seus trajetos, etc.

Critérios de inclusão

·    Trabalhadores assalariados, independente da forma de remuneração, com ou sem carteira de trabalho;
·         Funcionários públicos estatutários, militares, nos três níveis do governo;
·         Outros tipos de empregados na produção de bens e serviços;
·         Trabalhadores da produção de bens e serviços por conta própria, ou autônomos;
·         Empregadores que exercem atividades ligadas à produção de bens e serviços;
·         Trabalhadores domésticos com ou sem carteira assinada;
·     Trabalhadores não remunerados que atuam em ajuda familiar (na produção de bens primários, por conta própria ou como empregador), ajuda instituição religiosas ou cooperativas, ou como aprendiz ou estagiários.
·      Trabalhadores na produção para consumo próprio ou construção para uso de sua família, ou terceiros em regime de mutirão
·         Trabalhadores rurais ou garimpeiros ligados à economia de subsistência;
·      Pessoas que estão em viagem de trabalho ou à disposição de empregadores em situação de plantão de urgência;
·         Presidiários com atividades remuneradas.

Critérios de exclusão

Os acidentes domésticos, propriamente ditos, devem ser excluídos dessa definição, ou seja, aqueles em atividades domésticas realizadas por integrantes da família ou moradores da residência no preparo de alimentos, limpeza de casa, cuidados com as roupas e com os familiares ou outras atividades assemelhadas.


Fluxo para acidente de trabalho grave


Fluxo estabelecido pelo CEREST - Ouricuri para acidente de trabalho grave (clique para ampliar).

Conclusão

Com intuito de atender os trabalhadores, com suspeita de agravos  à saúde relacionados ao trabalho, incluindo procedimentos compreendidos entre o primeiro atendimento até a notificação ou seja trata-se de preparar o profissional do SUS de mais um instrumento para o cumprimento de seu dever enquanto agente do Estado, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e, por conseguinte, para garantia de seu direito à saúde.

Fonte: Ministério da Saúde (Área Técnica de Saúde do Trabalhador, 2006) 

Postado por: Cleber Siqueira





sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CEREST Regional Ouricuri

O CEREST Regional de Ouricuri (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), foi inaugurado em 26 de janeiro de 2007, sua política tinha uma visão de reabilitação, fazia-se assistência a população da regional por meio de consultas médicas, psicológicas e fonoaudiológicas, e exames audiometricos. Atualmente com uma nova metodologia alinhada com a Política Estadual em Saúde do Trabalhador:

O CEREST promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância.

O CEREST tem por função dar subsídio técnico para o SUS, nas ações de promoção, prevenção, proteção e vigilância dos trabalhadores urbanos e rurais.

Foto do Prédio do CEREST – Regional de Ouricuri

Sua região de abrangência possui  36 municípios destas diferentes regionais de saúde conforme segue abaixo:
Este mapa representa a região de abrangência do CEREST- Ouricuri

Araripina,Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Santa Cruz, Santa Filomena, Arcoverde, Custódia, Sertânia, Cedro, Mirandiba, Serrita, Verdejante, Afogados da Ingazeira, Brejinho, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira,Itapetim, Quixaba, Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Trindade, Tuparetama, Calumbi, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada, Triunfo


Passa por 5 GERES:

IX – Ouricuri;
X - Afogados da Ingazeira; 
VI – Arcoverde;
XI – Serra Talhada;
VII - Salgueiro sendo está pertencente a regional do CEREST – Petrolina mas existe municípios da região de abrangência do CEREST – Ouricuri.

Dá suporte técnico para 4 unidades sentinela:

Hosp. Reg. Fernando Bezerra – Ouricuri,
Hosp. Reg. Prof. Ag. Magalhães - Serra Talhada,
Hosp. Reg. Emília Câmara - Af. Ingazeira,
Hosp. Reg. Ruy B. Correia – Arcoverde.

As Unidades Sentinelas se constituem em qualquer unidade ou serviço de saúde já implantado, com cadastro no Código Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), cujo atendimento gere informações de relevância para a saúde do trabalhador.

Atuam na identificação, investigação epidemiológica, diagnóstico e notificação dos casos confirmados de agravos relacionados ao trabalho, exceto casos suspeitos de intoxicações exógenas, constantes na Portaria GM/MS nº2472/08/09. As informações geradas e sistematizadas pelas Unidades Sentinelas subsidiam as ações de prevenção e vigilância em saúde do trabalhador.

Segundo à PORTARIA 3.252, de 22 de dezembro de 2009 a Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações que se destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de Saúde.

Portaria GM/MS nº 2472 de 31 de outubro de 2009. Constitui-se de ações de promoção da saúde da população, vigilância, proteção, prevenção e controle das doenças e agravos à saúde, abrangendo-se , Protocolo de Atenção à Saúde do Trabalhador para os agravos de notificação compulsória:

I – Vigilância epidemiológica;
II –  Promoção da saúde;
III – Vigilância da situação de saúde;
IV – Vigilância em saúde ambiental;
V -    Vigilância de Saúde do Trabalhador;
VI -   Vigilância Sanitária.

 A Vigilância em Saúde, visando à integralidade do cuidado, deve inserir-se na construção das redes de atenção à saúde, coordenadas pela Atenção Primária à Saúde.

EQUIPE CEREST REGIONAL-SEDE OURICURI

Ângela Valéria Xavier de França – Coordenadora
Equipe Técnica:
Cleber Siqueira – Fisioterapeuta
Isla Aquino - Psicóloga
Lécia Milene: Fonoaudióloga
Cláudio Rocha: Médico
Equipe de Apoio:
Miranda Rodrigues: Recepcionista
Elizangela Apolinario: Recepcionista
Denis Pedroza: Digitador
Heloiza Helena: Auxiliar Administrativo
Ivânia Pereira: Auxiliar Administrativo
Antonio Carlos: Motorista
Cledilma Maria: Serviços Gerais

Este Centro de Referência em Saúde do Trabalhador está localizado em Ouricuri, no endereço: Av. Antonio Pedro da Silva n° 843 – Centro, email: cerest_ouricuri@hotmail.com , celular (87) 9137-6159.

Postado por: Cleber Siqueira